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IBGE divulgou nesta sexta-feira (29) um retrato de como vivem os brasileiros. A síntese dos indicadores sociais examina aspectos como condições de trabalho, saúde e educação, e se baseia na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012.
As desigualdades começam cedo, aos quatro, cinco anos. No grupo dos mais ricos, a porcentagem de crianças fora da pré-escola, em dez anos, caiu pela metade. Já entre os mais pobres, também houve uma queda, mas quase 30% das crianças nessa faixa etária ainda estão fora da escola.
Nas condições de moradia, grandes e velhos desafios precisam ser vencidos. O número de pessoas que vivem em locais sem rede de esgoto, de água, coleta de lixo e iluminação pública diminuiu. Porém, o estudo também constatou que 30% das casas, nas áreas urbanas, nas cidades brasileiras, ainda não têm todos esses serviços básicos.
Outro dado que preocupa: um em cada cinco jovens com idades entre 15 e 29 anos não estuda nem trabalha. A proporção de mulheres nesse grupo é grande: 70%. Entre elas, a maioria tem pelo menos um filho.
A população aumentou e envelheceu. Já o número de leitos em hospitais públicos e particulares encolheu. A queda, em dez anos, foi de 23%. A maior redução, de quase 33%, aconteceu na região Centro-Oeste.
Na cidade de
Rio Verde, em
Goiás, vive a família de Ryan. Os pais dele não aguentam mais esperar pela cirurgia necessária para corrigir uma deficiência nos pés, que atrapalha o crescimento da criança. Ryan faz parte dos 75% da população que não têm plano de saúde.
Já no índice de mortalidade infantil, houve um grande avanço. Em 20 anos, a taxa caiu de 53 mortes por mil nascidos vivos para 18.
“Para reduzir a taxa de mortalidade infantil, é necessário que a educação tenha aumentado, a renda tenha aumentado, o acesso aos serviços tenha aumentado. Então, essa expressiva redução na taxa de mortalidade infantil é algo que realmente merece ser mencionado quando se vai dizer qual foi o ganho obtido ao longo desta década”, avalia o presidente do IBGE, Wasmália Bivar.
Os filhos crescidos, principalmente os homens, acompanham uma tendência mundial. Fábio e Rodrigo fazem parte de um grupo que está aumentando, o da chamada “geração canguru”. Já passaram dos 30, trabalham, estudam e continuam morando com a mamãe.
“Eu estou esperando uma condição financeira melhor, a situação dar uma estabilizada”, afirma Rodrigo.
Fábio está namorando há quase três anos, mas quando se fala em casamento... “Vai adiando, cada vez mais, a saída de casa”, admite.