segunda-feira, 5 de outubro de 2015

***Idoso recebe conta de água de casa fechada no valor de R$ 140 mil em GO***

FOTO E TEXTO:G1 GOIAS
O aposentado Octávio Barbosa, de 72 anos, recebeu uma conta de água no valor de R$ 139 mil referente a uma casa que ele aluga, mas que está fechada e sem inquilino há mais um ano, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Até então, ele pagava apenas uma taxa mínima de consumo, que não chegava a R$ 10 por mês. “Isso deve ser uma brincadeira de mau gosto. Não dá para acreditar em uma coisa dessas”, disse.
Em janeiro, o idoso teve outra casa destruída pela queda de um avião monomotor. Ele e a mulher, a aposentada Cornelita Meireles, de 70 anos, moravam no imóvel, mas não estavam na residência no momento do acidente.Oito meses após ter a casa danificada, ele foi surpreendido com o valor da conta de água do outro imóvel que possui. No documento consta que o consumo foi de quase 10 mil metros cúbicos de água. Esta quantidade dá para encher quase quatro piscinas olímpicas. O aposentado garante que não gastou tanto. “Aqui está fechada a casa, não gasta água nenhuma”, alegou.
Também chama a atenção do idoso o fato de a casa estar sem hidrômetro. Como o imóvel estava trancado, ele pediu para que o aparelho fosse retirado. Porém, segundo a Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), a  medição da conta foi feita antes da retirada do hidrômetro.
Gerente da Saneago, Hélio Leão disse que houve realmente um erro na hora da emitir a fatura. Na realidade, o valor deveria ser de R$ 9, correspondente à tarifa mínima.
“Essa conta já foi refaturada no mesmo dia que foi entregue para ele no endereço dele. Foi uma falha humana, podemos colocar dessa forma”, explicou Hélio.Maré de azar
Octávio Barbosa brinca que tenta se livrar de uma maré de azar. Como se não bastasse a queda do avião no início do ano, agora ele foi surpreendido pela cobrança de R$ 140 mil. “Às vezes eu fico nervoso, mas meu coração é bom, graças a Deus”, brinca o idoso.
Desde a queda da aeronave, o casal teve que se mudar para a casa de parentes, onde segue morando atualmente. Na época do acidente, a idosa lamentou o dano material e cobrou uma reparação. “Uma casa boa está agora desse jeito, né. Foi onde vivi muitos anos, queremos voltar para cá”, disse.
Depois de uma negociação com o proprietário da aeronave, Avelino Macedo Ottoni de Carvalho, o advogado que representa os idosos, Fabrício Carvalho, disse que o seguro do monomotor cobriu os valores para a reconstrução.

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