Goiás recebe na próxima sexta-feira, dia 6, os 34 integrantes da Força Nacional de Segurança que irão auxiliar a Polícia Civil na conclusão de inquéritos de homicídios. Durante todo o dia o grupo participará de reuniões e palestras que explicitarão o foco da vinda da Força. Na segunda-feira, dia 9, eles começarão a atuar. Serão 22 agentes e oito escrivães.
O convênio entre o Governo de Goiás e a União tem prazo de 90 dias, prorrogáveis por mais 90. “Primeiramente iremos avaliar os resultados dos 15 primeiros dias, para depois pensarmos em prorrogação”, explica o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Daniel Felipe Adorne. A parceria integra a Estratégia Nacional de Segurança Pública (Enasp).
A Estratégia Nacional de Segurança Pública (Enasp) é a fusão de vários órgãos com o mesmo objetivo. Conselho Nacional do Ministério Público, Conselho Nacional de Justiça, Ministério da Justiça, Polícias e Judiciário estadual se uniram e em 2010 estabeleceram uma estratégia para diminuir o número de homicídios em território nacional. Ela tem várias metas, entre elas a Meta 2 que objetiva diminuir o passivo de inquéritos não concluídos nas Polícias Civis estaduais.
De acordo com o delegado, Goiás possui um passivo de aproximadamente 2,9 mil inquéritos a serem investigados. Ele pontua que o Estado possui uma dificuldade histórica de efetivo. Há mais de 20 anos a Polícia Civil vem diminuindo seu efetivo frente à população. A proporção entre demanda (número de crimes) e o atual efetivo é o que justifica a vinda da Força Nacional. O grupo chega em um momento em que o Estado se prepara para receber novos servidores, que devem entrar em ação a partir do próximo mês de janeiro.
O delegado-adjunto esclarece que embora o passivo seja de quase 3 mil inquéritos, nenhum estado do Brasil conseguiu investigar esse número de inquéritos até hoje na Meta 2. Os estados que conseguiram alta proporção são estados como o Acre, por exemplo, que investigaram 143 casos. “Em Goiás nós começamos com quase 4 mil, já investigamos mais de mil, já concluímos mais de mil inquéritos e nos sobram aproximadamente 2,9 mil. Dificilmente iríamos conseguir atuar em todos eles, mas fatalmente a gente vai ter resultados”, avalia.
Os profissionais da Força Nacional irão trabalhar na Delegacia Regional de Rio Verde, sob a coordenação do delegado da Polícia Civil, Danilo Fabiano Carvalho e Oliveira. E ainda em Goiânia, na sede da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), sob a coordenação do delegado Alexandre Pinto Lourenço. “A expectativa é a conclusão do maior número possível de inquéritos. Essas investigações são muito difíceis porque o prazo que se passou. Tem casos de décadas passadas, muita coisa se perdeu, mas se um caso for esclarecido já é mais punibilidade do que a gente tinha. Então a gente espera utilizar da melhor maneira possível esse efetivo vindo de outros estados”, argumenta Adorne.
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