Daqui a exatamente um ano, a cidade de Rio Verde, em Goiás, será a primeira no país a ter apenas a transmissão digital, que dá mais qualidade à imagem da TV. Nas outras partes do Brasil, a mudança vai ser concluída em 2008.
As transmissões de TV digital no Brasil começaram em 2007. De lá para cá, foram vendidos mais de 60 milhões de televisores que já saíram das fábricas preparados para receber esse tipo de sinal. A diferença de imagem entre o sistema analógico e o digital é grande.
Até chegar à televisão da nossa casa, o sinal analógico vai sofrendo interferências a cada obstáculo que encontra: prédios, árvores, ondas geradas por outros equipamentos, por exemplo. Tudo isso piora a qualidade da imagem e do som e aparecem aqueles chuviscos, fantasmas e ruídos. O sinal digital faz o mesmo percurso, mas ele é mais forte e não sofre interferências. Quando chega à casa do telespectador, está limpo.
Nos últimos sete anos, a maior parte dos brasileiros se acostumou com esse novo padrão. O sinal antigo continuou no ar, mas ele vai desaparecer.
Até novembro de 2018, os transmissores analógicos vão ser gradativamente desligados em todo o país. A primeira cidade a ter apenas a transmissão digital será Rio Verde, que fica no interior de Goiás. Lá, o sinal analógico sairá do ar daqui a exatamente um ano: no dia 29 de novembro de 2015.
Quando o sinal da TV analógica for desligado, ninguém vai ser obrigado a comprar um aparelho novo. Dois televisores são exatamente iguais e analógicos: um está com a imagem da transmissão analógica, com interferências; o outro está com imagem muito mais limpa, da transmissão digital, que pode ser recebida pelo aparelho graças ao conversor. As interferências não vão mais ser vistas. Até as TVs mais antigas vão tem uma imagem de qualidade.
“Se eu conectar uma antena apenas com sinal digital em uma TV analógica, não vai acontecer nada. Mas é possível utilizar um conversor der TV digital, que recebe o sinal digital através de um cabo e converte o sinal digital para um sinal analógico, de tal forma que a TV consegue interpretar o sinal digital”, explica Gunnar Bedicks, pesquisado chefe do laboratório de TV digital da Universidade Mackenzie.
Nas lojas, o aparelhinho pode ser encontrado por menos de R$ 100. O vendedor Wesley Carvalho Castro e a recepcionista Uelen Maria da Silva já compraram o deles. O casal mora em Rio Verde. Ainda falta um ano para a cidade ter apenas a transmissão digital, mas eles não quiseram esperar para trocar a imagem por outra, bem melhor.
“Você vê mesmo com nitidez o rosto direito da pessoa, detalhes da imagem. Então, acho que essa é a grande diferença do sinal digital para o analógico. Uma diferença muito grande”, constata Wesley Carvalho Castro.
“Tudo ficou bem mais real, bem mais próximo da realidade”, completa Uelen Maria da Silva.
“Tudo ficou bem mais real, bem mais próximo da realidade”, completa Uelen Maria da Silva.
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