Coordenação de Vigilância Epidemiológica apura como três bebês foram imunizados de maneira errada contra HPV, em Rio Verde, no sudeste de Goiás. A hipótese mais provável é que o vidro utilizado na vacinação tenha sido colocado por engano no meio das vacinas contra hepatite e meningite. A coordenação também estuda medidas para garantir que o problema não se repita.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Patrice Guimarães, foram os próprios profissionais de saúde que perceberam o erro durante a vacinação dos bebês. “Não é que não houve um cuidado. São muitos pacientes que eles atendem o dia todo e dizer como aconteceu esse erro é muito difícil”, explicou.Ainda segundo a coordenadora, algumas medidas já foram tomadas para corrigir a falha e outras ainda estão sendo estudadas. “Nós tiramos essa funcionária [que fez a imunização] da sala de vacina e ela vai passar por novas capacitações. O município também fará a capacitação com todos os profissionais”, disse Patrice.
Todas as crianças imunizadas de maneira errada tinham entre 3 meses e 1 anos e 6 meses. Nos três casos, as mães só ficaram sabendo do problema quando receberam ligações do posto de saúde onde as crianças foram vacinadas. Os cartões de vacinação foram rasurados para que fosse registrado o engano.Casos
O primeiro caso registrado de bebê vacinado contra HPV foi de Leonardo Souza, de 1 ano e 6 meses. A mãe, a dona de casa Célia Rosa Souza disse que levou o filho para receber imunização contra hepatite A e meningite. Após a aplicação, o menino apresentou dor nas pernas e dificuldade para andar.
A empresária Joyce Rodrigues também denuncia que a filha, atualmente com 10 meses, foi vacinada aos 3 meses de vida contra HPV, após medicamentos serem trocados no posto de saúde. Na época, a criança apresentou febre por quatro dias.
Ana Lara, de 1 ano e 2 meses, foi o terceiro caso registrado de vacinação contra HPV. O erro teria acontecido no último dia 4. Devido ao engano, a menina terá que esperar 30 dias para ser imunizada contra meningite.
Efeitos colaterais
Embora a vacinação contra o HPV seja indicado para mulheres entre 9 e 26 anos, os bebês não devem sofrer com efeitos colaterais. “Não existem estudos que mostram o que pode acontecer com crianças tão novas vacinadas contra esse vírus, porque todas as pesquisas sobre o medicamento foram feitas a partir de 9 anos”, explicou o infectologista Boaventura Braz de Queiroz ao G1.
Embora a vacinação contra o HPV seja indicado para mulheres entre 9 e 26 anos, os bebês não devem sofrer com efeitos colaterais. “Não existem estudos que mostram o que pode acontecer com crianças tão novas vacinadas contra esse vírus, porque todas as pesquisas sobre o medicamento foram feitas a partir de 9 anos”, explicou o infectologista Boaventura Braz de Queiroz ao G1.
Mesmo com a falta de estudos na área, o médico acredita que não seja desenvolvida nenhuma reação. “Não deve ter resposta vacinal porque o sistema imunológico dele é muito jovem ainda para criar resistência a essa vacina”, completou.
Com relação ao fato da vacina contra o HPV ser indicada para mulheres, Boaventura explica que não há restrição de sexo para a imunização. “Existem diversos testes em homens no exterior. Na Inglaterra, por exemplo, a vacina é aplicada também em adolescente homens para evitar a transmissão da doença”, disse.
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