FOTOS:plantaopolicialrv.com.br
TEXTO:G1.COM
ADAPTAÇÃO:DEOCLISMAR VIEIRA
Andressa Prado de Oliveira, mãe do menino de um ano que morreu depois de ficar por quatro horas fechado dentro de um carro, em Aparecida de Goiânia, foi transferida nesta sexta-feira (30) para a Casa de Prisão Provisória (CPP). A morte aconteceu na última terça-feira (27) e, desde então, ela estava detida na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
A transferência aconteceu às 10h e Andressa saiu da delegacia pela porta dos fundos. Na CPP também está preso há três anos, por tráfico de drogas, Ronaldo Francisco de Oliveira, suposto pai da criança. Ele foi ouvido na quinta-feira (29) pela delegada da DPCA de Aparecida, Myrian Vidal, e escreveu uma carta pedindo que Andressa pague pelo que fez e que a morte do filho não tem perdão.
Segundo a polícia, é de Ronaldo a mensagem enviada ao celular de Andressa logo após a confirmação da morte. Nela, ele afirma que a mulher já teria falado que ia matar a criança. Em depoimento, a mãe do garoto disse à polícia que Ronaldo não é o pai do menino.
A assessoria de imprensa da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agesep) disse que abriu procedimento administrativo para apurar como foi possível Ronaldo Francisco usar um celular dentro do presídio. O setor de segurança trabalha com a hipótese de que a própria Andressa tenha entrado com o aparelho no presídio.
Inquérito
O inquérito deve ser encaminhado à Justiça ainda nesta sexta-feira (30). Andressa será indiciada por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
“Nós ainda estamos esperando o laudo do IML, que vai determinar a causa da morte da criança, ou seja, se foi por asfixia com leite ou se pelo calor que o menino sofreu durante todo aquele dia (terça-feira). Esperamos também o laudo do Instituto de Criminalística, que vai atestar se é verdadeira a história de que a criança foi encontrada deitada no banco do motorista do carro. Acho essa história um pouco fantasiosa, porque uma criança de um ano que está morrendo asfixiada dificilmente sentaria e aguardaria a morte com tanta serenidade como foi encontrado o corpo”, afirma Myrian Vidal.
Mesmo sem os laudos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística, a delegada acredita que a intenção da mãe em matar o filho já está comprovada: “Já há prova suficiente de que ela matou dolosamente a criança. Que em dezembro do ano passado ela teria atentado duas vezes contra a vida do bebê e há indícios também de um abandono, que vai ser investigado e, posteriormente, instaurado um inquérito para confirmar o abandono de incapaz”.
Morte
Andressa do Prado Oliveira de 26 anos, está presa desde a última terça-feira. Ela teria deixado o filho de um ano de idade sozinho dentro do carro com os vidros fechados, no Setor Santa Luzia, em Aparecida de Goiânia. O bebê foi encontrado morto quatro horas depois pelo namorado da jovem. Ela está grávida de cinco meses e se defende afirmando que tomou remédio para enjoo e dormiu.
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