Ele morreu nesta sexta-feira, após 14 dias internado em hospital de Goiânia.
Filho do fundador da capital, Mauro assumiu o governo do estado em 1961.
O corpo do ex-governador de Goiás Mauro Borges foi levado no início da tarde desta sexta-feira (29) ao salão Dona Gercina Borges Teixeira, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, onde é velado. Filho mais novo do político, Rodrigo Teixeira, afirma que o pai lutou muito para viver até aos 93 anos, ainda mais com mal de Alzheimer. "Foi uma guerra que ele travou pra continuar vivo", comenta.
O filho de Mauro Borges disse ainda que a morte do pai, de certa forma, foi um alívio. "A gente está triste, mas acho que na verdade ele descansou, ele estava sofrendo".
O político ficou 14 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Anis Rassi, em Goiânia. Ele deu entrada na unidade de saúde com início de pneumonia. Mauro estava respirando com a ajuda de aparelhos e morreu após falência múltipla de órgãos.
Ubiratan Teixeira, que também é filho do ex-governador, informou como o pai estava respondendo ao tratamento. "Ele melhorava num dia, o antibiótico fazia efeito. No dia seguinte aparecia uma outra infecção, uma outra bactéria e ele já não respondia ao antibiótico", complementa.
cuidador do ex-governador, Dirceu da Silva, conta que todos os dias era recebido com um sorriso de Mauro Borges."Nunca acordei de manhã que ele não estivesse com um sorriso, aquele sorriso mais lindo que ele tinha. Ele sempre demostrava isso", recorda.
De acordo com os familiares, o sepultamento está marcado para as 18h, no Cemitério Jardim das Palmeiras, no Setor Centro-Oeste.
História
Mauro Borges Teixeira é filho do médico e ex-governador de Goiás Pedro Ludovico Teixeira, fundador de Goiânia. Nasceu em Rio Verde, na região sudoeste de Goiás, em fevereiro de 1920.
Mauro Borges Teixeira é filho do médico e ex-governador de Goiás Pedro Ludovico Teixeira, fundador de Goiânia. Nasceu em Rio Verde, na região sudoeste de Goiás, em fevereiro de 1920.
Ele começou sua carreira política em 1958, quando se candidatou a deputado federal. Dois anos depois foi eleito governador de Goiás, assumindo em 1961. Porém, foi deposto do cargo em 1964, pelo ato de intervenção em Goiás em consequência do golpe militar no Brasil.
Durante a ditadura militar, Mauro Borges foi preso no Rio Grande do Sul, em 1966, e teve os direitos políticos cassados. A anistia veio em agosto de 1979, quando o político foi eleito presidente regional do então Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que mais tarde se tornaria o Partido Movimento Democratico Brasileiro (PMDB).
Em 1982, elegeu-se senador pelo PMDB e, em 1990, deputado federal pelo Partido Democrata Cristão (PDC). Mauro Borges abandonou a política no término de seu mandato como deputado.
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