Casos de banhos ao ar livre registrados nos últimos dias chamam a atenção da população de Rio Verde.Um deles foi o de uma mulher, não identificada, que foi flagrada pelo menos em três locais diferentes se refrescando completamente sem roupas.
Em uma das situações em que ela tomava banho pelada. A mulher usou uma torneira de uma clínica na região central da cidade e não se incomodou com o assédio de populares. “Ela chegou e foi para o rumo da torneira com uma garrafa. Aí, quando a gente a viu já estava pelada, tomando banho como se estivesse no banheiro de casa”, contou a secretária Ana Cláudia Alves Borges.
Depois do banho na frente da clínica, a mesma mulher foi fotografada duas vezes por moradores se refrescando sem roupas em uma fonte e em uma praça. O assunto virou tema das rodas de conversa da cidade. “Eu moro em Rio Verde há mais de 50 anos e nunca tinha visto isso”, disse o carroceiro Sinobelino Cavalcante. Já para o padre Olavo Bremm, o comportamento preocupa. “Aqui é uma praça de família”, disse.
Para a psicóloga Edilamar Ferreira, comportamentos como os flagrados na cidade podem demonstrar que as pessoas enfrentam problemas. “A gente percebe nos vídeos que alguns dão risada, mas essa não é uma coisa engraçada. Na verdade, pode ser até triste, pois pode ser uma pessoa que apresenta algum transtorno psiquiátrico e ninguém faz nada para ajudar. Por isso, é importante que a gente observe se é algo sério”, ressaltou.
Além da mulher, um homem também foi flagrado tomando banho em um estacionamento no municipio. Ele estava nu e lavava as próprias roupas. A Polícia Militar foi acionada e o homem foi liberado após se vestir.
Ato ofensivo
Nos dois casos, não houve formalização de denúncias à Polícia Civil, mas as pessoas que ficam peladas em locais públicos podem responder a um processo por crime contra a moralidade pública.
Nos dois casos, não houve formalização de denúncias à Polícia Civil, mas as pessoas que ficam peladas em locais públicos podem responder a um processo por crime contra a moralidade pública.
De acordo com o vice- presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO), Diogo Naves, o Código Penal Brasileiro prevê pena de três meses a um ano de detenção ou multa. “Ficar sem roupas em locais públicos é um crime que a pessoa que está praticando e ela pode responder perante a Justiça, sendo até presa em flagrante. Nesses casos, ela será levada a um juizado de pequenas causas”, explicou.
Naves diz que, dificilmente, o juiz opta pela prisão, mas cada caso é analisado isoladamente. “As razões que levaram a pessoa a cometer o crime fazem parte da dosimetria da pena. Claro que aquele que tem a intenção de ofender a moralidade vai receber uma punição mais gravosa. Mas o fato da pessoa cometer essa ação a levará a julgamento, pois ninguém tem o direito de dizer que desconhece as leis e não entendia que o fato era ofensivo”, ressaltou o advogado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário