Um garoto de 14 anos foi encontrado morto no quintal de casa na quinta-feira (22), emAcreúna, região sul de Goiás. Leonardo Duarte Rodrigues estava pendurado em uma árvore amarrado com uma corda no pescoço. Segundo a diarista Marlene Mendonça Duarte, o filho teria se suicidado após uma briga com um colega na Escola Estadual Ary Ribeiro Valadão Filho, onde estudava. Ela diz que soube, por meio de colegas do garoto e testemunhas, que, após a discussão, o filho foi humilhado pela coordenadora do colégio e que isso teria motivado o suicídio. A Secretaria Estadual de Educação (SES) nega a versão. A Polícia Civil investiga o caso.
Marlene conta que no dia do fato, quando estava trabalhando, recebeu uma ligação da escola informando que seu filho havia se envolvido em uma briga Como ele foi suspenso, ela teria que buscá-lo. "Disse que não podia ir e que depois conversava com ele em casa. Depois fiquei sabendo que a coordenadora tinha o humilhado. Ela disse: 'Você não merecia uma mãe como a sua, você não devia ter vindo ao mundo'", disse a diarista ao G1.
A mãe autorizou que a escola liberasse o filho. Ela diz que "sentiu algo ruim", quando deixou o trabalho. Antes de chegar em sua residência, ela já ficou preocupada ao conversar com colegas vizinhos do garoto, que disseram não ter visto o menino entrar em casa.
"Quando cheguei, vi que a porta da cozinha estava aberta. Procurei pela casa toda e não encontrei, mas percebi que ele estava lá porque vi a mochila dele. Quando fui até o quintal, vi mu filho pendurado por uma corda", lamenta.
Leonardo morava com a mãe o padrasto. Ele foi enterrado no Cemitério Municipal de Acreúna na manhã desta sexta-feira (23). A mãe conta que o filho já tinha reclamado da coordenadora outras vezes. "Ele dizia que ela implicava muito com ele. Que não podia fazer nada que a culpa caía nele. Estou muito triste, ele era meu companheirinho", diz.
Investigação
O caso é investigado pela Polícia Civil. Segundo o investigador Gláuber Dias Passos, agentes e peritos da Polícia Técnico-Científica estiveram no local, mas que a cena havia sido violada, pois a mãe tinha cortado a corda e retirado o filho antes que a polícia chegasse a casa. Ele conta que algumas testemunhas já foram ouvidas.
O caso é investigado pela Polícia Civil. Segundo o investigador Gláuber Dias Passos, agentes e peritos da Polícia Técnico-Científica estiveram no local, mas que a cena havia sido violada, pois a mãe tinha cortado a corda e retirado o filho antes que a polícia chegasse a casa. Ele conta que algumas testemunhas já foram ouvidas.
"Já tivemos uma primeira conversa com vizinhos e familiares da vítima. A coordenadora e a diretora da escola também estiveram na delegacia", afirma Gláuber, que não informa o conteúdo dos depoimentos para não "atrapalhar as investigações".
De acordo com o investigador, o delegado responsável pelo caso está viajando e só retorna à cidade na próxima terça-feira (27). Somente neste dia é que as diligências continuaram.
Em nota enviada ao G1, a assessoria de imprensa da SES negou que a coordenação da escola tenha tomado qualquer atitude que não fosse o procedimento padrão. O comunicado confirma que houve uma briga entre os alunos e que convidou os pais para comparecer a instituição, mas somente a mãe de um deles foi até o local. Depois disso, Leonardo fugiu do colégio.
Ainda de acordo com o comunicado, o caso está sendo apurado pela Subsecretaria Regional de Santa Helena, responsável pelo município de Acreúna, pelo do Conselho Escolar do Colégio Ary Ribeiro e Ministério Público.
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