O bebê Daniel Lemes de Carvalho, de 1 ano e 8 meses, que tem glaucoma congênito e corria o risco de ficar cego, já está com a visão praticamente recuperada. Ele passou por duas cirurgias, em Goiânia, e agora leva uma vida normal. “Eu tenho que ficar vigiando para ele não fugir, pois ele corre para todo lado e faz a maior bagunça. ”, conta a mãe, a dona de casa Shawanda Lemes Pereira.
A família de Daniel mora em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, e desde maio do ano passado lutava para conseguir atendimento na rede pública de saúde. O menino nasceu com glaucoma congênito, uma doença rara que aparece em recém-nascidos e crianças, provocando uma lesão no nervo óptico. Ele precisava de uma cirurgia correção ou poderia ficar cego dos dois olhos, mas só conseguiu o atendimento após o caso ganhar repercussão nacional.A primeira cirurgia ocorreu no dia 1º de outubro do ano passado, no Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof), em Goiânia. Na ocasião, o oftalmologista João Caetano Ávila Geraissate disse que a córnea direita de Daniel estava bem comprometida, mas, com a correção, a pressão intraocular tinha sido reduzida a índices normais, o que evita a lesão no nervo óptico. Porém, o procedimento precisou ser refeito.
Em seguida, no último dia 25 de outubro, ele passou pela segunda cirurgia, quando foi refeito o procedimento no olho direito e também foi operado o olho esquerdo. Desde então, o menino voltou com a família para a cidade natal e apresenta recuperação satisfatória.
A mãe lembra que antes das cirurgias o filho só ficava no colo, pois tinha medo de andar sem enxergar direito, e precisava colocar os objetos bem perto ao rosto para tentar vê-los. Agora, a situação está bem diferente. “Ele não para, corre o dia inteirinho. Ás vezes tenho que trancar o portão, pois estou fazendo alguma coisa, e ele mexendo nas coisas”, conta.
Apesar da melhora, Daniel ainda faz o uso de colírios diariamente e terá que passar por uma consulta médica para avaliação a cada seis meses.
Doença
O pai de Daniel, Luis César Carvalho, relatou que começou a notar que o filho tinha algum problema nos olhos quando ele tinha cerca de 8 meses. Foi então que a família procurou um médico, que diagnosticou o glaucoma congênito.
O pai de Daniel, Luis César Carvalho, relatou que começou a notar que o filho tinha algum problema nos olhos quando ele tinha cerca de 8 meses. Foi então que a família procurou um médico, que diagnosticou o glaucoma congênito.
Devido à enfermidade, o paciente apresentava lacrimejamento, dificuldade em tolerar a claridade e perda do brilho da córnea, que passou a ter uma coloração mais azulada e opaca com aumento do volume do globo ocular.
Com a visão comprometida, Daniel tinha dificuldade para andar, comer e enxergar os objetos. "Só a gente que é mãe, que está passando por isso, sabe como é dolorido. Às vezes, ele está do meu lado, eu estou conversando com ele e ele fica chorando, falo: ‘Daniel, mamãe esta aqui’. Mas ele continua chorando porque ele não consegue me ver direito", relatou Shawanda, antes das cirurgias.
Demora
Daniel chegou a fazer exames pré-cirúrgicos em maio do ano passado, mas o procedimento não chegou a ser marcado. Os pais do bebê estavam desesperados, pois eles não tinham como pagar a cirurgia na rede particular, que estava avaliada em R$ 10 mil.
Neste período, a Secretaria de Saúde Rio Verde informava à família que o caso do menino havia sido encaminhado a Goiânia, pois na cidade não há especialista para fazer a cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Já a Secretaria de Saúde da capital alegava que não tinha recebido o pedido, até a publicação da reportagem, no dia 24 de setembro.
Daniel chegou a fazer exames pré-cirúrgicos em maio do ano passado, mas o procedimento não chegou a ser marcado. Os pais do bebê estavam desesperados, pois eles não tinham como pagar a cirurgia na rede particular, que estava avaliada em R$ 10 mil.
Neste período, a Secretaria de Saúde Rio Verde informava à família que o caso do menino havia sido encaminhado a Goiânia, pois na cidade não há especialista para fazer a cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Já a Secretaria de Saúde da capital alegava que não tinha recebido o pedido, até a publicação da reportagem, no dia 24 de setembro.
De acordo com o promotor Érico de Pina Cabral, do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAO) do Ministério Público Estadual (MP-GO), a demora na cirurgia ocorreu porque houve um "desajuste administrativo" entre as duas secretarias. "Foi um problema na pactuação entre os municípios. Ela falha será tratada e apurada para que não ocorra novamente", explicou.
Solidariedade
Após a reportagem sobre o drama da família, em setembro do ano passado, internautas do país e até da Europa se comoveram com o caso e se dispuseram a ajudar Daniel. Luis César se surpreendeu com a solidariedade das pessoas. “Não esperava que esse tanto de gente ajudasse. Liguei para todos, agradeço a todo mundo que se dispôs a ajudar de alguma forma”, disse o pai.
Após a reportagem sobre o drama da família, em setembro do ano passado, internautas do país e até da Europa se comoveram com o caso e se dispuseram a ajudar Daniel. Luis César se surpreendeu com a solidariedade das pessoas. “Não esperava que esse tanto de gente ajudasse. Liguei para todos, agradeço a todo mundo que se dispôs a ajudar de alguma forma”, disse o pai.
Segundo a família, alguns internautas se dispuseram a pagar o procedimento, mas, como a cirurgia foi liberada no mesmo dia, ele optou que o filho operasse em Goiânia, já que estava tudo encaminhado. Mesmo assim, ele contou com ajuda dessas pessoas para estar na capital.
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