Em 2013 o Governo de Goiás deu a maior e mais covarde cartada para aumentar a quantidade de policiais nas ruas e resolver o problema da falta de efetivo no estado.
Com a criação do Serviço de Interesse Militar Voluntário, (SIMVE), o governo deixou as principais ruas e avenidas, principalmente das grandes cidades, enfeitadas de policiais, usando coletes verde com amarelo limão, patrulhando de dois em dois, causando na população a sensação de que a falta de policiais nas ruas de Goiás era coisa do passado.
O que poucos observaram era a aproximação das eleições e com o aumento crescente nos crimes graves, o governador jamais conseguiria ser reeleger.
Policiais jovens, ex-soldados das forças armadas, entusiasmados com o novo trabalho, ganharam a simpatia da população e em pouco tempo mostraram que sabiam como mandar bandido pra cadeia.
Mas tudo não passava de um conto de fadas, contado pelo governo e por muitos comandantes de batalhões por Goiás a fora.
Enquanto os bravos guerreiros soldados do Simve, ganhando apenas a metade do salário de um policial militar concursado, travavam uma verdadeira guerra contra os criminosos, o governo covardemente, lutava na justiça, em uma causa considerada por muitos já perdida, para poder continuar com o programa de policiamento mais barato e injusto já visto no país.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já havia feito o alerta sobre a criação do SIMVE.
Para ele a lei goiana que criou o novo modelo de policia, é incompatível com a Constituição Federal e com normas federais infraconstitucionais invocadas para fundamentá-la, além de trazer “consequências imprevisíveis e indesejáveis” para a segurança pública no estado.
Nesta quarta, 8, o Supremo Tribunal Federal (STF) prosseguiu com o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade do Serviço de Interesse Militar Voluntário (SIMVE). Definitivamente, os ministros decidiram pela imediata aplicação da demissão dos 2.400 policiais voluntários que estão neste tipo de serviço.
Na decisão, os ministros do STF deixaram uma opção para o governo de Goiás, em relação à substituição dos policiais, fazer a convocação da Força Nacional de Segurança para recompor o efetivo de policiais de forma provisória.
Recentemente o governo do estado de Goiás havia lançado outro edital para a contratação de mais policiais na modalidade de interesse voluntário. Em Rio Verde seriam 80 novos policiais nas ruas da cidade, se não fosse à nova decisão da justiça.
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