***Fazendeiros se unem para recuperar estrada cheia de buracos em Goiás***

Um grupo de produtores rurais se uniu para recuperar uma estrada municipal de terra que liga Rio Verde e Jataí, na região sudoeste do estado. A via, que dá acesso a muitas granjas, lavouras de grãos e cana de açúcar, está cheia de buracos. Para corrigir o problema, os fazendeiros utilizaram as máquinas de suas propriedades para fazer, por conta própria, a recuperação do trecho.

A iniciativa de recuperar a estrada foi tomada para evitar que o escoamento da safra de verão seja prejudicado. O gerente de uma das fazendas envolvidas no trabalho disse que este investimento dos proprietários causa o aumento no custo da produção. “Para arrumar a estrada, o custo aumenta, tem o óleo diesel, a manutenção das máquinas”, disse.Na região são plantados mais de 50 mil hectares de grãos por ano. Além disso, há criações de aves e suínos e produção de leite, tomate e ovos.

O produtor rural Nilson Carvalho diz estar indignado pelo fato de um lugar responsável por grande parte da economia estar sem manutenção.

“Hoje o agronegócio é a mola propulsora do Brasil. Olha a nossa situação, tampando buraco. Nós estamos precisando de estrada com qualidade aqui na nossa região”, desabafou.

O comerciante Joviano Rodrigues, que tem um estabelecimento na via, diz que é comum acontecer acidentes no local. Ele denuncia o descaso das autoridades públicas com a manutenção. “Já houve batida de caminhão de cana com carro pequeno. Ninguém nem vem aqui ver o estado da estrada”, disse.

Em um dos buracos presentes na estrada é possível ver um pedaço de para-choque, um dos sinais de prejuízos sofridos pelos motoristas. Paulo Alves reclama que pela situação da pista, acaba atrasando na entrega da carga. “Tem que diminuir a velocidade, pra não estragar o caminhão e atrasa a chegada na granja”, disse.

O secretário de infraestrutura de Rio Verde, Geron Mesquita, informou que equipes da secretaria vão fazer a manutenção da estrada. Porém, afirmou que é preciso esperar um período de cinco dias sem chuvas para que as máquinas comecem a trabalhar.