A Escola Municipal Rural de Ensino Fundamental (EMREF) São José do Pontal, atingida por agrotóxico proveniente de um avião de pulverização agrícola da empresa Aerotex na última semana, passará por limpeza nesta quarta-feira, 8.
A unidade estava fechada desde o incidente por determinação do delegado regional, Danilo Fabiano que pediu a dispensa dos cerca de 200 estudantes para que investigações pudessem ser feitas e também devido à possibilidade de ainda haver veneno no local.
A limpeza ficou a cargo da empresa de pulverização agrícola e após ser concluída, a instituição de ensino aguardará a vistoria do Corpo de Bombeiros e supervisão da Agrodefesa para retomar as aulas.
Quarenta e cinco pessoas, sendo 38 alunos e sete professores foram intoxicadas pelo agrotóxico, mas todos já receberam alta hospitalar.
Segundo o gestor da EMREF, Hugo Alves, ainda será avaliada a forma que serão repostos os dias de aula em que a escola ficou fechada. “Esperamos retomar o ano letivo e que a comunidade escolar não passe mais por nenhuma situação de risco. Gostaria de agradecer à Prefeitura de Rio Verde e de Montividiu, ao SAMU e Corpo de Bombeiros que não mediram esforços para atenderem alunos e professores”, destacou.
Saiba mais:
A EMREF São José do Pontal está situada no Assentamento Pontal dos Buritis localizado a 106 km de Rio Verde e a cerca de 60 km de Montividiu (GO).
Após o incidente, ocorrido na última sexta-feira, 03, a instituição de ensino solicitou o atendimento imediato do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e Corpo de Bombeiros. Os alunos e educadores foram encaminhados ao Hospital Municipal de Montividiu (GO) com sintomas como tontura, dores de cabeça, vômito, formigamento nos braços e coceira, lá receberam medicação e muitos foram liberados ainda na última sexta-feira.
Posteriormente, a Secretaria Estadual de Goiás (SES) determinou que todas as pessoas intoxicadas, mesmo as que já haviam recebido alta hospitalar, passassem a noite em observação. Em parceria, as Prefeituras de Rio Verde e Montividiu disponibilizaram transporte para que os pacientes e familiares retornassem a Rio Verde.
Uma estrutura foi montada na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Adelor Quintiliano para auxiliar no atendimento das pessoas intoxicadas devido à proximidade ao Hospital Municipal de Rio Verde.
O veneno que intoxicou as pessoas na escola, egeo pleno, pelas leis ambientais e de utilização de agrotóxico só pode ser aplicado via terrestre. O piloto da aeronave, um funcionário e o dono da empresa de aviação devem ser responsabilizados por não terem tomado as precauções necessárias à utilização do produto e por colocarem em risco as crianças e servidores da escola. Os acusados que estavam presos desde sexta-feira passada foram liberados na segunda-feira, 06, por decisão da Justiça mediante o pagamento de fiança no valor de R$ 25 mil.
A Secretaria Municipal de Saúde havia disponibilizado nesta semana uma ambulância ao Assentamento, caso fosse necessário o transporte de alguma criança que apresentasse novamente os sintomas de intoxicação, mas o veículo já retornou à cidade tendo em vista que todos passam bem.
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