Moradores de Piracanjuba, cidade com cerca de 24 mil habitantes localizada a 87 quilômetros de Goiânia, estão preocupados com a situação do prefeito.
Amauri Ribeiro (PRP) foi afastado do cargo porque, segundo a Justiça, ele agrediu um trabalhador no ano de 2010, quando era vereador da oposição.
Esta não foi a primeira nem a última vez que o prefeito se envolveu em confusões. Ele é conhecido pela fama de brigão.
No inicio deste mês ele se meteu em mais uma confusão que acabou em socos e para justificasr a confusão ele disse que é apesar de ser político, não deixou de ser homem.
Mesmo com seu histórico agressivo, pela cidade é possível perceber que Amauri encontra apoio de boa parte dos eleitores.
Eles consideram sua administração eficiente, porque o lixo é recolhido com regularidade e o funcionalismo é pago em dia.
A suspensão dos direitos políticos do prefeito ocorreu por causa de episódio que resultou em lesão corporal. O pedreiro Victor Hugo Uscello Vieira, hoje com 27 anos, diz que foi agredido porque se recusou a participar de uma paralisação de trabalhadores de obra da prefeitura.
Na época, Amauri era vereador da oposição e ajudava na articulação da greve. “Eu estava trabalhando, abrindo um buraco para fazer uma caixa de esgoto”, conta o pedreiro, que admite ter dito ao então vereador algo que ele não gostou de ouvir. “Na hora que eu dei as costas, ele me pegou de gravata e ficou apertando.
Amauri conta a mesma história, mas de outro jeito. “Ele encostou em mim com a enxada na mão, falando que não tinha medo de mim. E eu não dei um tapa nele. Simplesmente o contive.” O ex-vereador e prefeito afastado defende-se: “Se eu quisesse machucá-lo não teria dificuldade. Eu trabalhei de segurança, eu luto”, fazendo referência à prática de artes marciais.
A última briga de Amauri foi causada por uma discussão envolvendo a coleta de lixo. Ainda prefeito, ele passava de carro em uma rua da cidade quando encontrou lixo espalhado.
Junto com um funcionário, parou para recolher o material. O morador que jogou o lixo, o técnico em segurança do trabalho Paulo César Cássio Nogueira, saiu à porta irritado porque o caminhão da coleta passou sem levar o lixo dele. “Falei: fui eu que joguei, porque seus funcionários são incompetentes”, reproduz.
Paulo César conta que começou então uma “discussão ríspida com troca de ofensas”. Em seguida começou a briga: “Ele me deu uma gravata, me deu um soco, me colocou no chão, me enforcou”, lista o morador de 58 anos.
Paulo César assume que votou em Amauri nas últimas eleições, mesmo ciente do comportamento explosivo do candidato. “O meu problema com ele não é político, é pessoal”, diz, ao ser perguntado se repetiria o voto em caso de nova candidatura.
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