A cada ano Rio Verde se torna uma cidade ainda mais perigosa, principalmente para os comerciantes e trabalhadores que precisam sair de casa para ir trabalhar.
A quantidade de roubos ocorridos na cidade e a agressividade dos assaltantes têm assustado a população.
Nos últimos três dias várias pessoas e algumas empresas foram assaltadas na cidade. Em um dos casos, o dono de um supermercado contou a nossa equipe de reportagem que três bandidos usando uma ponta de eixo de veiculo, quebraram a porta de vido da empresa, entraram no local e furtaram várias carteiras de cigarros e a gaveta de um dos caixas, com moedas.
O prejuízo do empresário é de dois mil reais com o concerto da porta, sem falar nos objetos levados pelos criminosos.
Essa mesma empresa já foi vitima de assaltante armados e o prejuízo se aproxima de 30 mil reais em menos de um ano.
Em outra empresa no residencial Veneza, dois assaltantes ambos armados com revólveres chegaram ao local com a certeza de que ali iam encontrar dinheiro.
Segundo o proprietário do comercio, os criminosos a todo tempo o espancava com coronhadas e diziam que queriam 30 mil reais que havia na empresa.
Após uma verdadeira seção de tortura e pressão psicológica os criminosos roubaram cerca de 8 mil reais em dinheiro e três mil e quantinheotos em folhas de chauqes.
“Estou descidido a colocar minha empresa a venda porque não estou suportando mais essa situação”, Disse o empresário. Somente este ano ele já foi assaltado outras quatro vezes.
Em uma mercearia, o proprietário e a família dele foram abordados por dois criminosos e obrigados a entrarem na residência que fica ao lado da empresa.
Mãe e filho foram trancados em um dos cômodos enquanto os criminosos ameaçavam o empresário dizendo que sabiam que ele possuía grande quantidade em dinheiro. Após roubarem cerca de onze mil reais eles fugiram.
Em uma lanchonete no Setor Puazanes três assaltantes usando uma espingarda, renderam o proprietário no momento em que ele estava fechando o comercio, e roubaram cerca de trezentos reais, um celular e caixas de chocolates.
Algumas pessoas procuraram a Policia Civil nos últimos dias e relataram vários roubos ocorridos nas ruas da cidade.
Duas vitimas foram abordadas por criminosos quando chegavam em casa após um dia de trabalho, outras estavam indo trabalhar.
Na semana passada um garçom, após uma noite de trabalho em um restaurante da cidade, voltava para a casa quando foi rendido por quatro ladrões, nas proximidades da rodoviária da cidade.
Armados com barras de ferro e facas, os bandidos espancaram o trabalhador, obrigaram ele a entregar o celular, a carteira, o tênis e até mesmo as roupas que usavam.
Segundo a vitima quando ela pediu para não deixá-la nu os criminosos intensificaram as agressões e levaram ela para um lote baldio com a intenção de matá-lo por espancamento.
“Eu estava quase desmaiando quando vi uma viatura passando pela Avenida Presidente Vargas e corri em direção a ela”, Disse a vitima.
Os criminosos fugiu correndo e os policiais providenciaram o socorro ao garçom que foi levado para um hospital.
No meio policial o que se percebe é um certo descontentamento de alguns policiais em relação ao baixo salário, carga horária muito cansativa, e falta de investimento por parte do estado.
O baixo efetivo policial tem sido um dos maiores desafios dos comandantes das policias civil e militar.
A cidade parece esquecida pelo governo do estado, desde de 2009 não tem um Centro de Internação para Menores Infratores, as delegacias que antes não ofereciam a menor condição e trabalho, só tem uma boa estrutura graças aos investimentos feitos pela Prefeitura Municipal.
O banco de horas destinado ao pagamento de horas extras aos policiais que trabalham em dias de folga parece não ser mais suficientes para diminuir os roubos.
Recentemente a Secretaria de Segurança Publica trocou o Comandante Regional da Policia Militar numa tentativa frustrada de melhorar a situação da cidade.
O novo comandante usa táticas antigas para tentar amenizar a falta de efetivo, como por exemplo; destinar o efetivo que atua na administração do batalhão para apoiar as equipes de rua.
Os assaltantes na maioria são menores de idades, praticamente sem punição, e velhos e conhecidos ladrões que se revezam no entra e sai da cadeia.
Os criminosos debocham da lei e da justiça quando são detidos com a certeza de que em pouco tempo serão colocados de volta as ruas para cometerem novos assaltos.