Conforme dados do Ministério da Saúde (MS), divulgados nesta terça-feira (24), foi registrado um caso suspeito de microcefalia em Goiás. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), ainda não há confirmação de que o caso esteja relacionado aos Zika vírus, que é considerado um das principais hipóteses para o grande aumento de casos da má formação no Nordeste.
Por meio de nota, a SES-GO informou que “não há, em Goiás, casos confirmados de microcefalia associado ao Zika vírus” e que o caso da má formação divulgado pelo MS segue em investigação. O órgão afirmou ainda que são registrados, em média, três casos da má formação por ano no estado com causas diversas.
A suspeita é que o caso seja de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, mas que o bebê tenha nascido em Goiânia. O Núcleo de Vigilância Epidemiológica da ciadade do interior informou que um neuropediatra da capital teria suspeitado do caso, que será investigado. Não foram divulgadas informações sobre a família do bebê.
Conforme dados do MS, 18 estados do Brasil registraram casos do zika vírus, mas Goiás não está entre eles. Segundo informações do boletim epidemiológico, foram contabiliados 739 casos suspeitos da microcefalia no país este ano.No total, nove estados registram casos de microcefalia. O órgão investiga se uma morte no Rio Grande do Norte ocorreu por decorrência da má formação.
O boletim mostra que ocorream três casos de microcefalia em 2014 em Goiás, enquanto no país o número foi de 147. Desde 2010, a maior quantidade de casos notificados no país foi em 2013, com 167 casos. Conforme o MS, “ainda não é possível ter certeza sobre a causa para o aumento de microcefalia que tem sido registrado nos nove estados”.
No entanto, o órgão informou que a principal suspeita para o aumento no número de casos da microcefalia seriam as contaminações pelo zika vírus, identificadas em gestantes na Paraíba, cujos fetos foram diagnosticados com a enfermidade.
Ainda assim, conforme divulgado pelo MS, “todas as hipóteses estão sendo minuciosamente analisadas e qualquer conclusão neste momento é precipitada. As análises não foram finalizadas e, portanto, continuam em andamento”.
Microcefalia
A doença é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal, apresentando perímetro igual ou menor a 33 centímetros. Crianças que nascem com essa má formação podem ter complicações no desenvolvimento da fala, motora e até quadros de convulsão.
A doença é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal, apresentando perímetro igual ou menor a 33 centímetros. Crianças que nascem com essa má formação podem ter complicações no desenvolvimento da fala, motora e até quadros de convulsão.
A microcefalia pode ter causas genéticas, passadas dos pais para a criança, como também por uso de drogas, álcool ou outros produtos tóxicos durante a gestação, além de possíveis infecções que atinjam o bebê durante a gestação.O MS esclarece que “a microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma má-formação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde”.
Cuidados
O Zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que é o mesmo transmissor da dengue, e não tem cura ou vacina identificada até o momento. O MS orienta que grávidas ou mulheres que pretendem engravidar tenham “cuidado redobrado” para evitar infecções virais.
O Zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que é o mesmo transmissor da dengue, e não tem cura ou vacina identificada até o momento. O MS orienta que grávidas ou mulheres que pretendem engravidar tenham “cuidado redobrado” para evitar infecções virais.
Mesmo sem casos registrados no estado, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia e a SES-GO reforçam as recomendações do MS para gestantes e mulheres que queiram engravidar.
Entre os principais cuidados, estão: manter vacinas atualizadas, não consumir bebida alcoólica ou outras drogas, não usar medicamentos sem orientação médica, evitar contato com pessoas com febre ou infecções, proteger-se de mosquitos usando mangas longas, mantendo portas e janelas fechadas e usando repelentes permitidos para gestantes (à base de DEET).
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