Quinta Feira 12/07/2012
No local os profissionais do CAPS encontraram uma jovem de apenas 18 anos usuária de drogas que no dia de ontem havia dado a luz a uma criança e após o parto que foi normal a mesma fugiu do hospital e voltou para o local para usar crack.
Depois de uma longa conversa com a jovem um psicólogo do CAPS disse a ela que a intenção deles era levá-la para um tratamento de desintoxicação que duraria em torno de uma semana. A jovem que estava muito nervosa disse que não iria desta vez, porque não gostou da presença dos policiais e dos profissionais da empresa que estiveram no local acompanhando o caso. Disse que só aceitaria o tratamento médico se os profissionais do CAPS voltassem ao local amanhã, porém sozinhos.
Para quem não sabe o local é bastante freqüentado por vários usuários de drogas e no momento em que os profissionais do CAPS chegaram havia aproximadamente 10 usuários no local.
Ainda segundo o psicólogo do CAPS o trabalho é muito delicado, porque primeiro eles tem que manter um vinculo com os usuários para ganharem a confiança dos mesmos para que eles aceitem o tratamento e saiam de vez do mundo das drogas. No local também foi encontrada uma amiga da jovem que disse que usa drogas há 16 anos. Esse trabalho do CAPS de Rio Verde foi nomeado como “Consultório de Rua” que visa ir aos locais onde os usuários estão para que eles possam receber um atendimento médico. O CAPS de Rio Verde conta com 17 profissionais que não medem esforços para ajudarem os dependentes químicos de nossa cidade e que o apoio da população é muito importante no combate ao maldito crack que vem destruindo várias famílias e tirando o sossego da população rio-verdense. No local nossa equipe de reportagem encontrou um usuário de drogas dormindo em condições sub-humanas. O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um serviço comunitário que tem como papel cuidar de pessoas que sofrem com transtornos mentais, em especial os transtornos severos e persistentes, no seu território de abrangência. Os CAPS deverão obedecer a alguns princípios básicos: devem se responsabilizar pelo acolhimento de 100% da demanda dos portadores de transtornos severos de seu território, garantindo a presença de profissional responsável durante todo o período de funcionamento da unidade (plantão técnico) e criar uma ambiência terapêutica acolhedora no serviço que possa incluir pacientes muito desestruturados que não consigam acompanhar as atividades estruturadas da unidade. A atenção deve incluir ações dirigidas aos familiares e comprometer-se com a construção dos projetos de inserção social. Devem ainda trabalhar com a idéia de gerenciamento de casos, personalizando o projeto de cada paciente na unidade e fora dela e desenvolver atividades para a permanência diária no serviço. Os projetos terapêuticos dos CAPS devem ser singulares, respeitando-se diferenças regionais, contribuições técnicas dos integrantes de sua equipe, iniciativas locais de familiares e usuários e articulações intersetoriais que potencializem suas ações. O CAPS deve considerar o cuidado intra, inter, e transubjetivo, articulando recursos de natureza clínica, incluindo medicamentos, de moradia, de trabalho, de lazer, de previdência e outros, através do cuidado clínico oportuno e programas de reabilitação psicossocial.
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