Após o fim da apuração, Jurandir teve apenas um único voto, o seu. Assim que chegou em casa após acompanhar a apuração, ele se separou da mulher, Antonia Ferreira, com quem vivia há 25 anos. “Como pode uma mulher se deitar com um homem e não votar nele?”, perguntava um inconformado Jurandir. Antonia se defende dizendo que o voto computado para Jurandir é dela.
“Como ele pode saber que não fui eu que votei nele, se nós dois votamos na mesma seção?”, perguntou a mulher. A parca votação de Jurandir e a separação viraram assunto nas rodas da pequena cidade do interior, que sobrevive da agricultura local. O caso ganhou contornos mais pitorescos porque Juvenal Ferreira, vizinho de Jurandir, teve três votos. Há quem diga que Antonia votou em Juvenal, que teve também o voto de sua mulher. Antonia nega. “Vai ver o Jurandir não teve coragem de votar nele mesmo e inventou essa história”.
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