A coordenadora de eventos Jéssica Griebler, de 21 anos, foi autorizada pela Justiça a mudar no registro de nascimento o nome do pai biológico pelo nome do padrasto, o aposentado Nei Griebler. Moradora de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, ela explica que o marido da mãe a cria desde os 4 anos e, por isso, o considera como verdadeiro pai.
“Não tem sentido ter o nome daquele pai que sempre foi ausente na minha vida, que não tenho nenhuma memória com ele, sendo que eu tenho meu pai, Nei, que sempre cuidava de mim quando estava doente e que me aconselha”, disse Jéssica.Inédita em Rio Verde, a decisão foi tomada em outubro do ano passado e agora todos os documentos da jovem estão alterados. De acordo com a coordenadora de eventos, ela já passou por vários momentos constrangedores por ter o nome de um homem ausente no seu registro. Um deles foi a formatura de conclusão de curso, quando chamaram pelo pai biológico, que nem estava no local.
Nei afirma que está feliz por poder dar à filha o seu nome. “Quando eu falo meus filhos é ela também, não separo essas coisas. Não tem diferença”, relata o aposentado. Os nomes dos pais dele também passam a constar no registro de Jéssica.
Segundo a responsável pela decisão, juíza Coraci Pereira da Silva, a legislação brasileira precisa acompanhar as mudanças na estrutura familiar. “Nós temos vários arranjos de família hoje que exigem que o Poder Público, que a lei se preocupe em regularizar a relação existente entre esses novos membros da família”, informou.
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