FONTE:TRIBUNA DO SUDOESTE
Os usuários do transporte coletivo de Rio Verde tiveram uma triste surpresa na semana passada. Isso porque os trabalhadores da empresa responsável pelo serviço declararam greve que, inicialmente, resultou na paralisação de 70% dos veículos na segunda-feira, 16. Já no dia seguinte, a adesão foi de 100% dos trabalhadores, pois as negociações com a empresa não apresentaram avanços.
Na sede da Viação Paraúna, o telefone não parou de tocar na manhã do dia 16, conforme informou funcionários do local. Segundo eles, usuários ligavam revoltados em busca de informações quanto ao atraso nas linhas de toda a cidade. À nossa equipe, uma funcionária contou que muitos rio-verdenses sequer sabiam da greve. Porém, o anúncio já vinha sendo feito nas emissoras de rádio da cidade, há pelo menos uma semana antes da paralisação.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Rio Verde (Sindi-Rodoviário), João Roberto Neves, são cerca de 150 trabalhadores que cobram uma série de melhorias, a exemplo da necessidade de reajuste da data-base e o pagamento de salários atrasados. “Não queríamos ter de fazer a greve, pois sabemos que os grandes prejudicados são os usuários. Mas não temos mais condições de oferecer um serviço de qualidade com tantos problemas. Os motoristas não têm paz para trabalhar da maneira como estão as coisas”, comentou o presidente.
Ainda, Neves afirma que várias tentativas de negociação foram feitas antes de anunciar a greve da categoria. Diante da falta de acordo, um documento de notificação foi feito e entregue ao proprietário da Viação Paraúna. “Pegamos a assinatura já no primeiro dia de greve e informamos todas as demais etapas, até chegarmos na paralisação total. Então, ninguém pode alegar que não tinha conhecimento ou que não tentamos um acordo previamente”, observa.
Mesmo com todos os contratempos resultantes da greve dos trabalhadores do transporte coletivo de Rio Verde, o proprietário da Viação Paraúna, Marcos de Melo, avisa não ter condições de atender às reivindicações. “No ano passado, a empresa conseguir negociar de forma a evitar a greve. Neste ano, infelizmente, não temos condições”, garante. De acordo com ele, a empresa deveria ser isenta do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN), assim como já acontece em outras cidades. Porém, não houve abertura para discussão favorável a respeito.
Em nota, a Prefeitura de Rio Verde informou que a empresa Viação Paraúna presta o serviço de transporte coletivo sob contrato emergencial e que a greve é um problema trabalhista entre empresa e funcionários. “No ano de 2012 foi aberto um edital para Licitação do Transporte Coletivo, uma das participantes questionou a documentação da Viação Paraúna na Justiça e, na última semana, foi decidido que a empresa não deve participar do processo. A Prefeitura já foi notificada e está tomando as medidas necessárias para o prosseguimento do processo licitatório.” Até lá, a empresa continua a operar o serviço em Rio Verde. Até o fechamento desta edição, a greve continuava com 100% dos serviços paralisados.
Na sede da Viação Paraúna, o telefone não parou de tocar na manhã do dia 16, conforme informou funcionários do local. Segundo eles, usuários ligavam revoltados em busca de informações quanto ao atraso nas linhas de toda a cidade. À nossa equipe, uma funcionária contou que muitos rio-verdenses sequer sabiam da greve. Porém, o anúncio já vinha sendo feito nas emissoras de rádio da cidade, há pelo menos uma semana antes da paralisação.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Rio Verde (Sindi-Rodoviário), João Roberto Neves, são cerca de 150 trabalhadores que cobram uma série de melhorias, a exemplo da necessidade de reajuste da data-base e o pagamento de salários atrasados. “Não queríamos ter de fazer a greve, pois sabemos que os grandes prejudicados são os usuários. Mas não temos mais condições de oferecer um serviço de qualidade com tantos problemas. Os motoristas não têm paz para trabalhar da maneira como estão as coisas”, comentou o presidente.
Ainda, Neves afirma que várias tentativas de negociação foram feitas antes de anunciar a greve da categoria. Diante da falta de acordo, um documento de notificação foi feito e entregue ao proprietário da Viação Paraúna. “Pegamos a assinatura já no primeiro dia de greve e informamos todas as demais etapas, até chegarmos na paralisação total. Então, ninguém pode alegar que não tinha conhecimento ou que não tentamos um acordo previamente”, observa.
Mesmo com todos os contratempos resultantes da greve dos trabalhadores do transporte coletivo de Rio Verde, o proprietário da Viação Paraúna, Marcos de Melo, avisa não ter condições de atender às reivindicações. “No ano passado, a empresa conseguir negociar de forma a evitar a greve. Neste ano, infelizmente, não temos condições”, garante. De acordo com ele, a empresa deveria ser isenta do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN), assim como já acontece em outras cidades. Porém, não houve abertura para discussão favorável a respeito.
Em nota, a Prefeitura de Rio Verde informou que a empresa Viação Paraúna presta o serviço de transporte coletivo sob contrato emergencial e que a greve é um problema trabalhista entre empresa e funcionários. “No ano de 2012 foi aberto um edital para Licitação do Transporte Coletivo, uma das participantes questionou a documentação da Viação Paraúna na Justiça e, na última semana, foi decidido que a empresa não deve participar do processo. A Prefeitura já foi notificada e está tomando as medidas necessárias para o prosseguimento do processo licitatório.” Até lá, a empresa continua a operar o serviço em Rio Verde. Até o fechamento desta edição, a greve continuava com 100% dos serviços paralisados.
Opinião dos usuários
Cerca de cinco mil passageiros são transportados diariamente em Rio Verde. Só por ai já se tem uma ideia de quantas pessoas foram prejudicadas com a greve da categoria. Para manter a rotina de atividades, mesmo sem o uso do transporte coletivo, muitos usuários tiveram de driblar a falta de ônibus nas ruas.
A doméstica Divina Aparecida mora na região Norte da cidade. Ela conta que, de ônibus, gasta cerca de 30 minutos para chegar ao trabalho. “Isso quando não há atrasos. Agora, com a greve, estou utilizando mototáxi. O problema é que, no final do mês, isso vai pesar mais no bolso. Mas, qual a saída? Se eu for andando para o trabalho, preciso acordar duas horas mais cedo, no mínimo”, reclama a usuária do transporte coletivo.
O aposentado Pedro Vaz comenta que entende as reivindicações dos motoristas e considera desgastante o trabalho dos profissionais. “Nós que utilizamos o transporte coletivo sabemos o quanto esse pessoal sofre no trânsito que Rio Verde tem hoje. Não sou contra a greve, mas fico insatisfeito em ver que nós usuários somos os prejudicados”, comenta.
Cerca de cinco mil passageiros são transportados diariamente em Rio Verde. Só por ai já se tem uma ideia de quantas pessoas foram prejudicadas com a greve da categoria. Para manter a rotina de atividades, mesmo sem o uso do transporte coletivo, muitos usuários tiveram de driblar a falta de ônibus nas ruas.
A doméstica Divina Aparecida mora na região Norte da cidade. Ela conta que, de ônibus, gasta cerca de 30 minutos para chegar ao trabalho. “Isso quando não há atrasos. Agora, com a greve, estou utilizando mototáxi. O problema é que, no final do mês, isso vai pesar mais no bolso. Mas, qual a saída? Se eu for andando para o trabalho, preciso acordar duas horas mais cedo, no mínimo”, reclama a usuária do transporte coletivo.
O aposentado Pedro Vaz comenta que entende as reivindicações dos motoristas e considera desgastante o trabalho dos profissionais. “Nós que utilizamos o transporte coletivo sabemos o quanto esse pessoal sofre no trânsito que Rio Verde tem hoje. Não sou contra a greve, mas fico insatisfeito em ver que nós usuários somos os prejudicados”, comenta.
2 comentários:
Que pena essas empresas tem de levar as coisas a sério...
Esses trabalhadores estão no seu direito, porém ferindo os direitos do cidadão de bem que não tem culpa de nada.
Eles tinham que transportar os passageiros gratuitamente, fazendo que a empresa pagasse do bolso, assim com certeza teria a atenção de seu proprietario e o apoio da população em geral.
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