“Quando eu virava as costas, ele fazia brincadeiras e micagens atrás de mim. Quando eu faltava, ele se ajoelhava no chão e falava graças a Deus, aí os colegas me contavam. Aí um dia uma caneta sumiu e ele achou perto de mim, aí ele disse que isso só podia ser coisa de preto mesmo”, relatou a estudante, que não quis de identificar.Após outro aluno denunciar que também era vítima do mesmo professor, a estudante, acompanhada dos pais, resolveu procurar a polícia para registrar uma ocorrência, na última sexta-feira (27).
"Ele [docente] disse que ela [aluna] era filha de chocadeira e que, quando desaparece alguma coisa na sala, só poderia ser coisa de preto. Estamos investigando esse outro caso de racismo", disse ao G1 o delegado regional de Rio Verde, Danilo Fabiano.
A garota deve prestar depoimento formal ainda nesta terça-feira (1º). Já o suspeito não tem data para ser ouvido.
A Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) já havia informado que o professor foi advertido por escrito e suspenso. Além disso, destacou que foi instaurada uma sindicância interna e uma equipe esteve na escola e ouviu professores, alunos e demais testemunhas.
A Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) já havia informado que o professor foi advertido por escrito e suspenso. Além disso, destacou que foi instaurada uma sindicância interna e uma equipe esteve na escola e ouviu professores, alunos e demais testemunhas.
Constrangimento
Sobre a primeira denúncia contra o docente, o conselheiro tutelar Elismar Fernandes, que acompanha o caso, relatou que o professor fez uma piada que constrangeu um estudante, também de 14 anos.
"O professor apagou a luz e perguntou pelo nome do aluno, depois ligou a luz e falou que ele tinha aparecido. A sala inteira e o professor começaram a rir e o aluno ficou muito constrangido com a situação", afirma.
Sobre a primeira denúncia contra o docente, o conselheiro tutelar Elismar Fernandes, que acompanha o caso, relatou que o professor fez uma piada que constrangeu um estudante, também de 14 anos.
"O professor apagou a luz e perguntou pelo nome do aluno, depois ligou a luz e falou que ele tinha aparecido. A sala inteira e o professor começaram a rir e o aluno ficou muito constrangido com a situação", afirma.
Ainda segundo Elismar, os estudantes eram ameaçados para não relatar o que acontecia na escola. “Se eles contassem qualquer coisa para a equipe gestora, ele [professor] dizia que iria tirar a nota dos alunos”, relatou.Cuspe
Além dos casos de racismo, também são investigados denúncias de agressão contra outro professor do mesmo colégio. A vítima, também 14 anos, que prefere não se identificar, diz que tem vergonha da situação pela qual passou com um dos docentes."O professor estava corrigindo as tarefas. Ele tinha terminado e falou que a gente podia conversar. A gente foi conversar e eu estava com o colega do lado. Ele chegou e cuspiu em mim", conta.
O aluno não informou sobre a situação para a direção da escola alegando que teve medo e que o professor ameaçava tirar notas dos alunos caso isso ocorresse.
Neste caso, conforme a Seduce, o professor foi exonerado.
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