quarta-feira, 9 de maio de 2012

***Entrevista com o marido da Delegada Adriana Accorsi***


O policial civil José Gomes, marido e assessor da delegada-geral da Polícia Civil, Adriana Accorsi, contou como ele e a mulher escaparam do acidente com o helicóptero da Polícia Civil. Emocionado e muito abatido com a morte trágica de tantos colegas:

Como está a delegada Adriana Accorsi?

Ela está arrasada, chocada, sem palavras. Até agora (era por volta de 19h30), parece que ela não está acreditando no que aconteceu. Aliás, não só ela, mas todos nós, da Polícia Civil.

Você falou com o delegado Antônio Gonçalves pouco antes da decolagem do helicóptero. O que ele disse?

Ele me ligou às 15h21, quando o helicóptero estava sendo abastecido. Ele disse que estava saindo de lá e pediu para avisar à Adriana que tudo tinha dado certo.

Vocês eram muito amigos, não?

Sim, éramos muito amigos. Em quase 21 anos que estou na Polícia Civil, o doutor Antônio foi um dos grandes amigos que fiz. Ele era queridíssimo por todos instituição. Estava feliz e empolgado, parecendo menino com essa nova função (superintendente de Polícia Judiciária). Ele estava empolgado, assim como a Adriana, faziam planos para a Polícia Civil.

O senhor e a delegada iriam para Doverlândia. Por que desistiram?

Nós iríamos, mas ontem (segunda-feira) à noite, ela decidiu que não iria, para participar da reunião com o pessoal do Sindepol para definir a greve. Foi decidido de última hora. O doutor Antônio ainda ficou brincando com a Adriana, dizendo que ficaria muito ruim a reconstituição se ela não fosse. Ela entrou nesse caso (chacina de Doverlândia) de cabeça desde o início. Foi um crime muito grave e ela ofereceu todo o apoio para sua elucidação. Era importante a participação dela nesse sentido. Deus nos tirou, a ela e a mim, daquela aeronave ontem à noite. Infelizmente, outros colegas foram em nosso lugar e aconteceu essa tragédia. 

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