quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

***Criminosos furtam parte de aparelho auditivo de criança em Rio Verde, GO***

FOTO E TEXTO:G1 GOIAS
A família do menino Paulo da Cruz, de 3 anos, que nasceu com perda auditiva, está revoltada com o furto de uma parte do aparelho que a criança usa para ouvir, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. De acordo com a mãe, a auxiliar de cozinha Keila Procópio da Cruz, o equipamento custa R$ 30 mil, mas foi feito sob medida para o garoto, que tem a outra parte implantada na cabeça. Sendo assim, só funciona para ele.
“Infelizmente eu não tenho condições de comprar outro e o aparelho não serve para ninguém, pois parte está na cabeça dele. A pessoa que pegou fez isso por maldade, pois o equipamento não terá serventia para ninguém”, lamentou a mãe.Keila conta que passou a buscar o aparelho para o filho logo após o nascimento, quando ele foi diagnosticado com perda auditiva. Como a renda da família é de apenas um salário mínimo, ela contou com a ajuda de amigos para custear consultas e exames do menino. Depois, ela conseguiu obter o aparelho auditivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em São Paulo.
Tudo ia bem quando, no último dia 24 de dezembro, véspera de Natal, criminosos furtaram um celular e a parte exterior do aparelho auditivo, que estava dentro de uma caixa preta, semelhante a um porta-joias, em uma mesa na casa da família. 
“Eu fiquei uns dois dias sem saber o que fazer, sem acreditar. Procurei em casa, nas redondezas, nos lotes que ficam próximos de casa, perguntei para as pessoas, mas ninguém viu. Estou desesperada, pois é um aparelho de alto custo e minhas condições não permitem que eu compre outro”, lamentou a mãe.
A mãe acredita que os assaltantes pensaram que a caixa tinha algum objeto de valor e, por isso, levaram o aparelho. Agora, ela teme pelo futuro do filho, que deve começar a estudar no mês que vem e pode ter o aprendizado prejudicado.
“Agora é a hora essencial para ele usar o aparelho, para estimular a fala. Eu consegui uma vaga para ele em uma escola com professores de apoio para ajudá-lo, incentivá-lo, mas agora será difícil”, afirmou Keila.
O caso é investigado pelo Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais de Rio Verde, mas ainda não há pistas dos suspeitos e do destino do aparelho.

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