sexta-feira, 7 de setembro de 2012

*** INCÊNDIO EM PASTAGEM EM RIO VERDE***

AGRADECIMENTOS:PLANTAO POLICIAL SANTA HELENA
FOTOS:VOLNEI MENDONÇA









O fogo acompanha o homem desde o aparecimento da espécie no planeta. O ser humano passou a depender do fogo para variadas funções, o preparo dos alimentos, a produção de calor ambiente, a destruição purificadora de restos e até a fusão de materiais. Tudo isso, mantendo o processo sob controle e restrito aos objetivos apropriados. Um uso, porém, continua impondo riscos, pois tende sempre a fugir ao controle e a deixar amargas marcas na paisagem: o fogo aplicado à limpeza de terrenos para uso agrícola. Por descuido humano ou acidente natural, as chamas deixam rastros dolorosos por onde passam guiadas pelos ventos, ajudadas pela baixa umidade, alimentadas pela vegetação. Mais uma vez o Aterradinho uma das nascentes do Córrego do Sapo que fica no limite de vários bairros da área urbana foi vítima de um incêndio de grande proporção que destruiu parte de uma lavoura de sorgo e quase atingiu um hotel as margens da BR 060, pondo em risco também a Caramuru, e uma carreta bi trem que estava estacionado as margens da BR quase foi incendiada. O incêndio ocorreu por volta das 11:00hs, desta quinta (06), tendo no local uma equipe do Copo de Bombeiros Militar de Rio Verde, o fogo atingiu parte da área urbana no Bairro Recanto do Bosque atingindo terrenos baldios e foi apagado por moradores. Em pleno período seca e de pós colheita aumenta os riscos de incêndios acidentais podem afetar as lavouras e trazer prejuízos aos produtores. O incêndio atingiu uma área de APP causando prejuízo ambiental, os impactos ambientais ocasionados por estas queimadas são inúmeros, desde a saúde humana como aos animais que ali habitam. Não sabemos a causa do incêndio se foi acidental ou se foi um incêndio criminoso, já é a segunda ocorrência de incêndio no mesmo local neste mês. O incêndio só não trouxe consequências maiores porque a lavoura já havia sido colhida em uma área cultivada em sorgo, o vento espalhava ainda mais o fogo e as faíscas na palha seca. Essas queimadas ajudam a enfraquecer a vida. Atacam o conjunto de elementos vitais que se condensa no conceito de biodiversidade. Mesmo que tudo rebrote, que a vida ali recomece já não terá a mesma vitalidade, e a força da vegetação cada vez, será menor. O impacto ambiental envolve a fertilidade dos solos, a destruição da biodiversidade, a fragilização de agro ecossistemas, a destruição de patrimônio público e privado, a produção de gases nocivos à saúde humana, a diminuição da visibilidade atmosférica, o aumento de acidentes em estradas e a limitação do tráfego aéreo, entre outros. O pedaço de mata que se foi pode até voltar, mas já não abrigará com a mesma intensidade a vida animal e vegetal e a terra sequer terá a mesma fertilidade. E os efeitos se estendem ao clima, ao regime de chuvas, aos ciclos dos rios. As queimadas interferem diretamente na qualidade do ar, na física, na química e na biologia dos solos, na vegetação atingida pelo fogo e indiretamente podem afetar os recursos hídricos. Em função da temperatura e do tempo, os gases gerados podem ter uma natureza muito diferente (mais ou menos oxidados). O mesmo ocorre no tocante à biologia do solo. Em função da hora da queimada (de dia ou de noite, ao meio-dia ou ao entardecer), as reações fotoquímicas ao nível das emissões gasosas serão diferenciadas. Não é possível generalizar sobre os impactos ambientais das queimadas. Mas o fato da maioria das queimadas ser de natureza agrícola, indica uma considerável contribuição de suas emissões de carbono no problema do efeito estufa. As autoridades precisam tomar medidas urgentes e mais efetivas para coibir este tipo de prática. Precisamos urgentemente diminuir o impacto que isso terá sobre a vida humana. Por: Volnei Mendonça

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