quinta-feira, 27 de setembro de 2012

***Padre muda de paróquia e número de fiéis na missa sobe de 30 para 3 mil***


(Foto: Versanna Carvalho/G1)

                                                                          (Foto: Cristiano Borges/ O Popular)

Quando começou a trabalhar na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, no Setor Expansul, em Aparecida de Goiânia, em março deste ano, o padre Luiz Augusto Ferreira da Silva, 52 anos, encontrou uma comunidade pequena, na qual havia uma missa por semana, às 19h30. O prédio da igreja tinha apenas 30 lugares para sentar. Logo, os fiéis da paróquia anterior, a Sagrada Família, da Vila Canaã, em Goiânia, souberam que o padre das multidões, como é chamado por algumas pessoas, havia voltado a celebrar missas e passaram a frequentar o local. O público saltou de 30 para cerca de 3 mil pessoas por celebração.
Natural de Rio Verde, o padre Luiz vai completar 17 anos de sacerdócio na próxima segunda-feira (1º). Em entrevista exclusiva ao G1, ele mostra ser um homem de opiniões firmes, algumas vezes polêmicas, e que sabe a dimensão do seu trabalho. Ele critica os fiéis que vão à igreja “apenas para cumprir tabela” e acredita que o mundo precisa de mais fé e oração. Padre Luiz admite que tem grande envolvimento com a política. "Política é uma coisa que nós vivemos todos os dias", argumenta.
G1 – Como veio a sua decisão de ser padre? A sua família era católica?

Padre Luiz Augusto – Católica como a maioria das famílias, não com muita fé. Foi Deus que foi colocando no meu coração. Demorei um pouquinho para decidir, mas sempre existiu esse desejo no coração de ser mais de Deus. E tinha de ser por inteiro. Aí, Deus colocou a coragem e eu tomei a decisão de aceitar.

G1 – O senhor decidiu entrar para o seminário quando já tinha 27, 28 anos de idade ou demorou mais tempo que o previsto (sete anos) para concluí-lo? Por quê?

Padre Luiz Augusto – Eu entrei para o seminário após ter concluído o curso de direito. Demorei um pouco mais a tomar esta decisão porque cuidava do meu irmão mais novo. Assim que ele se formou em odontologia, senti-me pronto para deixar tudo e assumir a vocação para a qual eu nasci: ser sacerdote, porque eu sempre percebia um vazio dentro de mim, e eu precisava ser por inteiro, completo; somente como sacerdote isso era possível.

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