segunda-feira, 3 de setembro de 2012

**Aluno é detido em universidade em Rio Verde por agressão à professora***


Um aluno de 19 anos acabou detido dentro de uma universidade, em Rio Verde,suspeito de agredir verbalmente e partir para cima de uma professora. O incidente aconteceu na noite de sexta-feira, 31. O caso foi registrado na Delegacia Regional do município e as testemunhas devem ser intimadas a partir de amanhã, segunda-feira, 3. O estudante vai responder por injúria e ameaça contra a docente Valéria Cristina Garcia Cabral, 40 anos.

A briga começou, segundo a Polícia Civil, porque o suspeito de agressão pediu para falar e a professora não deu a palavra. Depois disso, ele estaria perturbando a aula e Valéria pediu para que ele se retirasse. "Tive um ataque de nervos", disse o rapaz em depoimento, segundo consta no Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

Na delegacia, o estudante prestou esclarecimentos à polícia e confirmou ter discutido com a professora. Também contou ter se levantado da carteira e seguido em sua direção, quando foi contido pelos colegas, mas nega que queria realmente agredi-la fisicamente.

Em depoimento, a professora conta que o aluno a ameaçou de "pegá-la lá fora". Teria dito também ser "acostumado a bater em mulher". O rapaz, segundo a polícia, negou as ameaças e alegou apenas ter questionado: "você sabe de onde vim?".

Durante a confusão, a filha de Valéria, que estuda na universidade, ligou para o pai, o promotor de Justiça do município e também professor da instituição, Wagner de Pina Cabral, 52 anos. Ele ligou para a Polícia Militar e, em seguida se dirigiu ao local.

Promotor

O promotor relata que, ao chegar à universidade, encontrou o suposto agressor do lado de fora da sala dos professores, onde a mulher estava. Armado, o promotor deu voz de prisão ao estudante, que em seguida foi entregue aos PMs.

Sobre o fato de ter entrado armado dentro da instituição de ensino, Wagner explica: "Desci com arma dentro da pasta, sou promotor, isso faz parte do meu dia a dia".

"Ele avançou várias vezes em direção à mulher e depois ficou na porta da sala dos professores. Se eu não chego lá poderia ter acontecido coisa pior", argumentou. De acordo com a Polícia Civil do município, o procedimento do promotor ocorreu dentro da lei, pois ele tem o porte de arma e o direito de dar voz de prisão em flagrante.

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